sexta-feira, 12 de agosto de 2011

EDUCAÇÃO LIBERTADORA

Walkiria Assunção

Quando conversamos sobre educação seja entre educadores ou leigos no assunto surge sempre a educação pública. Uns acham que o Estado não investe na educação como deveria investir. Outros alegam que a verba que foi destinada para a educação e desviada para outro setor ou para Suíça ou outro país estrangeiro para conta de políticos corruptos.Alguns acham que a educação não vai mudar nunca, por que o Estado não quer proletários formador de opinião, para não ser cobrado, ele quer o povo ignorante, cego para não enxergar as cretinice que eles fazem.
A discussão sobre a educação vem de séculos passados, mas o que fazer se o povo que deveria cobrar do político que eles elegeram para representa-los cumprisse com suas obrigações, cumprindo as lei e dando uma educação de qualidade para todos, sem diferença de classe, cor, ou sexo. Mas não cobram só reclamam e vendem seu voto. Outros votando por paixão pelo candidato que conseguiu fazer uma lavagem celebral e consegue domina-los com suas fantasiosas palavras, e os ignorantes sob política crê fielmente nas propostas desse mau feitor.
Observando as eleições passadas constatei fatos ocorridos nos séculos passados o coronelismo ( A denominação “ coronel” refere-se aos coronéis da antiga guarda nacional, que eram em sua grande maioria proprietários rurais com grande base local de poder. Na época das eleições, vislumbrava-se quais os “coronéis” que efetivamente mandavam e em que região mandavam. Havia milhares de coronéis espalhados pelos municípios brasileiros.Nem todos eram amigos e nem todos tinham o mesmo poder de influencia. A prática eleitoral era permeada pelo chamado “voto de cabresto”: o eleitor, tratado como gado, deveria votar no candidato do coronel que mandava na região, e o grupo de eleitores a ele vinculado constituía os “ currais eleirorais: (http://www.ceap.g12.br/pagina/coronelismo.htm)
“ A expressão “curral eleitoral” significa o redutor populacional ( bairro, clube, fazenda etc.) que sofre influência de um grupo ou agente político. (http:://www2.uol.com.Br/jornaldadivisa/arquivo2001/08122001not37.htm)
Hoje políticos vestindo a capa desses coronéis, mandando e desmandando nos municípios brasileiros.Com isso quem perde e o próprio povo, que se deixa manipular, e não cobram uma transformação na educação pública.

Transformações essas que já vem sendo cobrada por intelectuais da educação que deixaram sua marca na história da educação brasileira. Uma história cheia de luta e amor pela causa “ A Educação Pública’ que chegou ao Brasil através de intelectuais de outras nações que visavam essa educação para os seus compatriotas.
Vamos relembrar parte dessa história:


INSTRUÇÃO PÚBLICA: origens históricas


“A história da educação mostra – nos que,
de modo geral, a instrução quase sempre
foi, em maior ou menor grau, um assunto
mais próximo da sociedade que do Estado –
salvo, talvez, nas burocracias orientais
analisadas por Weber. A educação foi,
durante a maior parte da história, um
assunto do âmbito privado, e não do público.
A ingerência do Estado nas questões de
educação começa a ganhar vulto a
partir do século dezoito, concomitante
com a idéia do desenvolvimento de
sistemas nacionais de educação,
ligados aos processos político-sociais de
consolidação dos Estados nacionais europeus,
instâncias que culminariam com o sistema
de instrução pública instalado com
a Revolução Francesa e que se estenderia
depois pelo mundo.
As raízes da educação pública encontra-se,
Porém, alguns séculos antes. Numa obra
Clássica sobre o tema, “ História da Educação
Pública”, Lorenzo Luziriaga aponta quatro
Diferentes perfis dela que sucedem-se
Historicamente: a educação pública religiosa,
A estatal, a nacional e a democrática.
Enquanto a primeira, que vicejou entre os
Séculos dezesseis e dezessete tendo por base
A Reforma Protestante, tinha como objetivo
Explicito a formação do bom cristão através

Da disseminação da alfabetização para a
Leitura da Bíblia na língua nativa – apresentando
Já, portanto, um caráter nacionalista -, a segunda,
Que floresceu durante o século dezoito baseada
Nos ideais do iluminismo visava à formação do
Súdito, tanto o militar quanto o funcionário;
Marcada que era pelo despotismo esclarecido,
Constituía-se numa educação autoritária, de
Caráter disciplinar, mas também intelectual.

A grande virada que marca a gênese da
Instrução pública que nos interessa mais de
Perto acontece, segundo esse autor, ainda no
Século dezoito, estendendo-se também pelo
Seguinte; a Revolução Francesa é a grande
Desencadeadora do terceiro tipo de educação
Pública, a nacional, que tem por objetivo a
Formação do cidadão, constituindo-se numa
Instrução cívica e patriótica do individuo, com
Um caráter popular, elementar e primário. O
Quarto e último tipo, a educação pública
Democrática é, ainda de acordo com Luzuriaga,
O desenvolvimento natural da anterior, marcada
Pelo crescimento da participação popular nas
Toma de decisão, processo que estende-se do
Século dezenove ao vinte. Esse quarto e
Último tipo de educação pública teria por meta
A formação do homem completo, independen_
temente de sua posição econômica; apresenta
um caráter humanizador e aculturador, procurando
levar um maior nível ao maior número de homens
possível.
Através desse brevíssimo esboço, podemos perceber
que a origem da instrução pública repousa no
movimento de Reforma Protestante, tendo em
Martinho Lutero um dos seus principais expoentes.
Embora essa educação tenha objetivos eminente_
mente religiosos, em alguns momentos saltam aos
olhos também suas preocupações sociais; este é o
caso de um escrito de Lutero de 1530, o “ Sermão
para que se enviem as crianças às escolas”.


“ Sustento que a autoridade é responsável por
obrigar os súditos a que mandem os filhos à
escola. Pois está indubitavelmente obrigada
a conservar os cargos e empregos antes mencionados,
para que haja pregadores, jurisconsultos, párocos,
escrivões, médicos e professores, pois não podemos
prescindir deles. Se a autoridade pode obrigar os
súditos que sejam capazes, em tempo de guerra, a
manejar o mosquete e a lança, a assaltar muralhas
e fazer coisas semelhantes, com muito mais razão
pode e deve obrigar os súditos a mandar os filhos às
escolas, porque nas escolas se sustenta mais dura
guerra com o temível demônio...” (Educação
Libertária – A Educação Pública como função do
Estado – Silvio Gallo – 1998 - pág 23)


E importante que busquemos o fundamento da nossa educação pública, e definitivamente a implantação de uma educação brasileira dentro da nossa realidade, não ignorando os demais intelectuais da educação que abriram os caminho para que pudéssemos conhecer e analisar suas histórias mas sim buscarmos perante o Estado que cumpra com o seu papel, oferecendo ao indivíduo uma educação pública de qualidade.


“ O processo de implantação sistemática
da escola pública no Brasil aparece então
como resultado de reivindicações opicio_
nistas e ações situacionistas que, partindo
de pressupostos e objetivos díspares,
concordam com a necessidade de
consolidação de um aparelho estatal de
ensino. Tal processo não é simples nem
tampouco homogêneo; as ações do Estado
flutuam ao sabor do momento político. Em
momentos de ditadura, como as do Estado
Novo e a mais recente do Regime Militar,
Vemos ações incisivas do Estado no sentido
de reformar a educação para possibilitar um
controle maior e mais profícuo; em outros
momentos, governos de orientação um pouco


mais progressista agem no sentido de buscar
uma maior democratização do ensino, o que
nem sempre surte os efeitos desejados.
No período mais recente de nossa história,
Pelo qual iniciamos estas considerações sobre
O Estado e a educação no país, as contradições
Ganham vulto: se do processo de democrati_
zação da sociedade parece aos poucos surgir
também uma escola mais democrática, aqueles
que fazem plantão na defesa de um suposto
neo-liberalismo advogam uma ingerência
cada vez menor do Estado na educação,
abrindo-a paulatinamente à exploração pela
iniciativa privada. Acontece que muitas esses
neo-liberais, quase inimigos do Estado,
tomam-no de assalto – não para destruí-lo,
realizando o velho sonho anarquista, mas
supostamente des-regulamentar a sociedade,
tornando-a mais livre – e em lugar de
desenvolver políticas públicas no campo da
educação cuidam de desmantelar e sucatear
o pouco que existe. ( Educação Libertária – A
Educação Pública como Função do Estado –
Silvio Gallo – 1998 - pág 42)


O Estado e certas instituições tem que compreender e aceitar a transformação da educação, não da mais para esperar, tem que haver mudanças a escola precisa ser autônoma e ativa, legislação já existe só precisa ser cumprida, sair do papel e o Estado realmente deixar as escolas terem sua autonomia.
A necessidade da escola participar na formação do caráter de certos indivíduos que aprendem na rua com professores da violência como interagir no meio com uma arma na mão. Só com a transformação por inteiro da educação e que esses professores vão ser banidos da sociedade. Mas para isso e preciso que aja coerência e entendimento entre o Estado, aprimorando a educação não só didática, como a esportiva, a música ,o teatro e muitas outras para que o individuo deixe de aprender com professores destruidores , chegando dentro da escola encontrando não assistencialismo mas educação, feita com professores transformadores que os ajudarão a interagir no meio enterrando certas aprendizagem que vem interferir em nossas vidas.

“ A autonomia da escola está na legislação
e no referencial teórico que afirmam que
as escolas terão que construir sua identi_
dade para gerir o ensino. Torna-se neces_
sário passar do discurso à ação. Em Edu_
cação, um grande problema tem sido o
fato de a escola não ter nem instrumen_
tos, nem autoridade necessários para
resolver seus problemas. Dar à comuni_
dade escolar a autoridade e os meios
para realizar sua gestão e crescer é o
começo da transformação.
É necessário construir a autonomia
Escolar em seu verdadeiro sentido –
a possibilidade da diversidade – com
a única limitação de que, obrigatória_
amente, deve haver uma educação de
qualidade, ou seja, uma educação que
forneça a todos os alunos a oportuni_
dade de adquirir competência e habi_
lidades necessárias para tornarem uma
pessoa autônoma e participante, com
pensamento crítico, criativo e produtivo
numa sociedade em profundas transfor_
mações.
A autonomia não significa, entretanto,
Isolamento. Ela deve ser ponto de parti_
Da para que a escola possa fornecer a
Possibilidade de uma aprendizagem
Significativa, na qual alunos e profes_
Sores entendam os problemas do mundo
Que os rodeiam e utilizem o conheci_
mento para reencontrar soluções e achar
caminhos sempre novos.
Essa possibilidade não deve resultar,
Porém, em um “abandono” da escola
À sua própria sorte por parte da admi_
Nistração federal e/ou estadual. Pelo
Contrário: há necessidade de uma
Política de reforço da autonomia das
Escolas, de modo a criar condições para
Que ela seja “construída” em cada
Unidade escolar, de acordo com suas
Especificidades locais.



A autonomia da escola não constitui,
Portanto um fim em si mesmo, mas
Um meio de se realizar, em melhores
Condições, a formação dos jovens. A
Autonomia da escola é, portanto, uma
Construção social e política, que se dá
Pela interação dos diferentes atores
Organizacionais em uma determinada
Escola. ( http://www.centrofeducacio
Nal .com.Br/gestão.htm)

A vida escolar se transforma em muitos aspectos, no sentido de proporcionar um meio melhor, para o desenvolvimento desses traços de caráter úteis a sociedade.
Uma escola autônoma procura trabalhar em primeiro lugar dentro da sua realidade local, realizando a descentralização do Projeto Político Pedagógico, como já citado antes com a participação de toda comunidade escolar para abranger todos os aspectos aos quais a educação se destina, servindo como parâmetro para reflexão da escola que temos e da escola que queremos ter.
A escola tem que ter um planejamento educacional eficaz, bem planejado, continuo e coordenado. Nenhuma educação qualquer que seja o seu tipo será eficiente a menos que ofereça oportunidade para a experiência real do individuo. Essas experiências vão levar o individuo a vencer as etapas do seu desenvolvimento aumentando o seu conhecimento cognitivo dando-lhe capacidade de olhar de outro modo as coisas que o cerca oferecendo-lhe a oportunidade para obter a cooperação de um grupo, que o ajudará a vencer entre a vida escolar e a vida do seu cotidiano.
Muitas escolas estão verdadeiramente fazendo sua parte na aprendizagem do individuo nesse novo caminha.
O diretor como líder da escola tem que ser o primeiro a vestir a camisa da mudança.

O diretor através da sua liderança não vem para dominar e nem controlar o desempenho das suas equipes ( administrativa, professores e grupo de apoio), mas sim juntos tornarem agentes transformadores.
A direção com sua vivência e experiência, orienta e oferece subsidio nas várias etapas do planejamento da organização escolar.
Juntos com sua equipe vão estabelecer diretrizes fundamentadas no plano que será implantado na escola, voltado para a realidade social, baseada na realidade local da sua clientela.
O planejamento só dará certo se todos os envolvidos tiverem compromisso de cumprir o que decidiram em conjunto. Se não ocorrer esse comprometimento o resultado será desastroso, levando ao desinteresse .
Por isso e muito importante o planejamento democrático, que leva todos a um gerenciamento participativo com dados concretos, alcançando assim os objetivos proposto dentro de uma metodologia que levará os educando a motivação demonstrando a sua criatividade e seu conhecimento dentro das suas pesquisas, tornando-os formadores de opinião, que interage no seu meio compreendendo o mundo e a realidade que o cerca com um novo olhar.
Educar e tornar o individuo um sujeito do seu próprio saber; ele interagi sob seu meio, resgatando o passado, obtendo conhecimento para transformações futuras.
A educação escolar não é vista isoladamente. Somente dentro da sua totalidade, em tudo que acontece dentro dela.
Ensinar é criar condições para que os alunos desenvolvam as condições básicas de domínio das diversas linguagens.
Ensinar, além de se caracterizar como uma atividade colaborativa entre professores e alunos, deve promover também essa colaboração entre os próprios alunos, estimulando o trabalho em equipe e proporcionando um espaço para que um venha interagir no trabalho do outro.
O principio democrático da educação para todos só está visando sistemas educacionais que se especializam em todos os alunos.


Toda criança precisa da escola para aprender e não para marcar passo ou ser segregado em classe.
A escola para maioria das crianças é o único espaço que lhe abre caminho aos conhecimentos universais e sistematizados. E nela que vão encontrar subsídios para se desenvolver intelectualmente e se tornar um Cidadão com identidade social e cultural.
Hoje podemos contar com uma lei educacional que trás mudanças, e vai viabilizar melhorias para o ensino nas escolas.
Mesmo ainda tendo professores sem capacitação para essa mudança e preciso continuar, com isso ele também passa a ser um pesquisador fazendo parte desse movimento de resignificação.
A partir dessa autonomia administrativa e que o diretor vai poder trabalhar sua gestão com afinco para concretizar os compromissos já elaborado partindo do Projeto Pedagógico da escola.
A atitude do diretor face a esses objetivos a serem atingidos é o principal fator do êxito do ensino da realidade local e social e cultual na escola das Séries Iniciais.
O comprometimento com a formação do cidadão, da os primeiros passos através da organização e do funcionamento da escola.
Com o Projeto Político Pedagógico em andamento dentro da escola ficara mais fácil para alcançar os objetivos propostos para o processo educativo da aprendizagem.


A educação nos dias de hoje passa a ocupar importante papel no cotidiano do cidadão. Uma boa escola e fundamental para que ele alcance seus objetivos futuro.
É preciso reconhecer que estamos dando os primeiros passos, e alguns fatores são fundamentais para existência de uma boa escola . Pais atuando junto com mantenedores, professores com bons salários, qualidade no ensino oferecido para os educando, ser democrática nas decisões, ter um bom relacionamento com todos os órgãos do Estado para trazer recursos para escola. Caminhando sempre para o ensino continuado, para não perder sua identidade e nem regredir aos obstáculos vencidos.
A escola sendo a mediadora entre a comunidade envolvendo-a nos problemas educacionais levando-a a conhecer o desenvolvimento cognitivo dos filhos, apresentando-lhes co conhecimentos por eles adquiridos.
É importante que os pais estabeleçam essa relações entre os fatos, contribuindo com soluções dos pequenos problemas diários.
Esse intercambio com a família possibilita um conhecimento melhor do educando nas suas experiências cotidiana, pois o ambiente em que vive o aluno tem grande influencia no seu lado emocional e social e cultural.
O trabalho de todos é necessário ao bem-comum da comunidade escolar; cada qual deve contribuir em seu setor e dentro de suas responsabilidades.

Conhecer o educando. É fundamental que a escola conheça a realidade dos seus alunos.
Entrevistar os pais. A escola poderá assim tomar conhecimento mais preciso do ambiente afetivo, cultural e econômico em que vive o aluno e, assim, obter os dados de que necessita para melhor compreender, interpretar e dirigir o comportamento do aluno.
Historia local. Apresentação de uma escola como modelo, mostrando sua realidade local, social.


A educação libertadora, vem de encontro a liberdade do individuo explorado pela elite da propriedade privada e do Estado, que não os visa como ser inteligentes mas com ser de produção.
Que tem a educação não para a transformação do seu meio social desse individuo, mas para adquirir conhecimentos que visa o trabalho. Resultando assim milhões de trabalhadores que vivem do trabalho das suas mãos enriquecendo cada vez mais a minoria da burguesia que não quer um operário que pensa e age interagindo para uma melhor condição de vida, mas que trabalhem mais ainda para que eles continuem no poder.
Paulo Freire vem nos leva a ultrapassar essa barreira, abrindo os nossos olhos para a educação livre desde a infância para que ele tenha a possibilidade de lutar contra a desigualdade social imposta pela elite e o Estado,
A educação libertadora, vem preparar o individuo pa transformação do seu presente com visão para o futuro.
“ Papel da escola – Não é próprio da pedagogia libertadora falar do ensino escolar, já que sua marca é a atuação “não-formal”. Entretanto, professores e educadores engajados no ensino escolar vêm adotando pressupostos dessa pedagogia. Assim, quando se fala em educação, em geral, diz-se que ela é uma atividade onde professores e alunos, mediatizados pela realidade que apreendem e da qual extraem o conteúdo de aprendizagem, atingem um nível de consciência dessa mesma realidade a fim de nela atuarem, num sentido de transformação social. Tanto a educação tradicional, denominada “bancaria” – que visa apenas depositar informações sobre o aluno – como a educação renovada – que pretenderia uma libertação psicológica individual – são domesticadoras, pois social de opressão. A educação libertadora, ao contrário, questiona concretamente a realidade das relações do homem com a natureza e com outros homens, visando a uma transformação – daí ser uma educação crítica. ( Freire, 1976,1979,1980).

Com uma educação libertadora o individuo poderá crescer intelectualmente, tornando-se senhor do seu saber tomando posse da sua vida intelectual interagindo assim no seu meio social e cultural cobrando o que por direito e seu , abrindo fronteiras para que outros alcancem sua liberdade crítica enterrando o sistema conservador dos dominadores de produção buscando diminuir a desigualdade entre as classes respeitando seus direitos e valorizando sua capacidade profissional.

Por isso uma escola que trás uma educação libertadora e fundamental para o educando que já desde de cedo aprende a se expressar, conhecendo seus direitos. Provocando em suas famílias e na sua vida mudanças radicais, deixando-os de ser oprimidos passando a ser construtivo.

ANA LÚCIA GONÇALVES GOMES - O meu interesse por ser professora nasceu quando fui morar na casa da professora. Eu estava cursando a sétima série na Escola Almirante Tamandaré em Baixo Grande.
Ao terminar o primeiro grau fui estudar no Colégio Miguel Couto, onde cursei o Magistério. Quando terminei fui trabalhar na Fundação Educar, dava aula mas financeiramente não era reconhecida como outros professores. Essa escola funcionava embaixo das arquibancadas do Estádio Correão e Cabo Frio, onde foi improvisado salas de aulas provisória.
Em 1986 vim dar aula em Armação dos Búzios, que na época era o terceiro distrito de Cabo Frio na Escola Municipal Cem Braças.
Em 1987, assumi a direção da Escola. Mesmo sendo diretora prestei concurso e 1989 passei, peguei uma turma mas continuei na direção da escola.
Em 1990, fiz outro concurso, passei e fiquei com outra matrícula na mesma escola.
Nesse ano nasceu meu único filho Victor Gomes de Lima. Minha gestação foi boa, sem complicação. Quando Victor nasceu bati na porta da casa da minha mãe e falei para ela vir morar comigo porque ela tinha um neto pra criar.
O meu apoio veio todo dela até o dias de hoje. Meu filho está com catorze anos vem tendo dificuldade na escola, coisa que nos anos anteriores não aconteceu.
Creio que ele se sentiu sozinho, a minha ausência interferiu nesse processo que hoje graças a Deus ele superou.
Meu esposo e que fez o papel de acompanhante quando ele viajava com a escola, como também nas reuniões de pais e mestres. Até o presente momento ele continua cumprindo essa tarefa, ele é um pai excelente.
Victor compreende que eu preciso trabalhar para ajudar à família:
____ Cuidamos dos filhos dos outros e deixamos de cuidar dos nossos.
Os tempos foram passando e senti a necessidade de voltar a estudar por causa da cobrança do governo e porque houve incentivo da Prefeitura de Armação dos Búzios.
Fiz o Curso de Pedagogia em Macaé, assim que terminei fiz pos graduação em Piscopedagogia na Ferlagos.
Os Cursos de deram uma nova visão, me ajudou a sair do mundinho de professor acomodado e ampliar o meu conhecimento.
A Universidade nos abre novos horizontes. Quando cheguei lá parecia que eu estava em outro mundo. Assim que me integrei vi que meus conhecimentos aumentaram a visão que eu tinha em relação a Educação de um modo geral, principalmente da escola em que sou diretora.

Minha vida escolar, não teve influência só para a crianças, mas para entender o aluno da minha comunidade.
Hoje como uma pessoa pública a frente da direção da Escola municipal José Pereira Neves Júnior, olho para trás e lembro dela funcionando no Centro comunitário com o nome de Escola Municipal de Cem Braças.
Antes de Búzios se emancipar , Ivo Saldanha fez o prédio com três salas, dois banheiros,refeitório, que logo em seguida virou sala de aula.
A população cresceu, lembro que brincávamos que em Cem Braças brotava crianças.
A escola foi melhorada ,mas não tínhamos muro que foi feito através de mutirão com a participação da comunidade escolar e local.
Brotou tanta criança no ano seguinte que foi preciso alugar duas salas numa casa na comunidade.
Recordo que na época que estudávamos no centro comunitário a escola não tinha nada, nessa época lutávamos para conseguir seguir em frente com o trabalho. Fazíamos festas, criávamos desfiles arrecadávamos fundos para escola e com o dinheiro compramos geladeira, frizzer, filtro, livros para os professores.

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